Autor desconhecido - fonte: http://mensagensepoemas.uol.com.br/mensagem/mensagem-para-quem-nao-acredita-em-natal.html
Certo homem, chamado Mogo, costumava olhar o Natal como uma festa sem o menor sentido.
Certo homem, chamado Mogo, costumava olhar o Natal como uma festa sem o menor sentido.
Segundo ele, a noite de 24 de dezembro era a mais triste do ano,
porque várias pessoas se davam conta de quão solitárias eram, ou da
pessoa querida que havia morrido naquele ano.
Mogo era um homem bom. Tinha uma família, procurava ajudar o próximo, e era honesto nos negócios.
Entretanto, não podia admitir que as pessoas fossem ingênuas a ponto
de acreditar que um Deus havia descido à Terra só para consolar os
homens. Sendo uma pessoa de princípios, não tinha medo de dizer a todos
que o Natal, além de ser mais triste que alegre, também estava baseado
numa história irreal - um Deus se transformando em homem.
Como sempre, na véspera da celebração do nascimento de Cristo, sua
esposa e seus filhos se prepararam para ir à igreja. E, como de costume,
Mogo resolveu deixá-los ir sozinhos, dizendo:
- Seria hipócrita da minha parte acompanhá-los. Estarei aqui esperando a volta de vocês.
Quando a família saiu, Mogo sentou-se em sua cadeira preferida,
acendeu a lareira, e começou a ler os jornais daquele dia. Entretanto,
logo foi distraído por um barulho na sua janela, seguido de outro e mais
outro. Achando que era alguém jogando bolas de neve, Mogo pegou o
casaco para sair, na esperança de dar um susto no intruso. Assim que
abriu a porta, notou um bando de pássaros que haviam perdido seu rumo
por causa de uma tempestade, e agora tremiam na neve. Como tinham notado
a casa aquecida, tentaram entrar, mas, ao se chocarem contra o vidro,
machucaram suas asas, e só poderiam voar de novo quando elas estivessem
curadas.
"Não posso deixar essas criaturas aqui fora", pensou Mogo. "Como
ajuda-las?" Mogo foi até a porta de sua garagem, abriu-a e acendeu a
luz. Os pássaros, porém, não se moveram. "Elas estão com medo", pensou
Mogo.
Então, entrou na casa, pegou alguns miolos de pão, e fez uma trilha até a garagem aquecida. Mas a estratégia não deu resultado.
Mogo abriu os braços, tentou conduzi-los com gritos carinhosos,
empurrou delicadamente um e outro, mas os pássaros ficaram mais nervosos
ainda - começaram a se debater, andando sem direção pela neve e
gastando inutilmente o pouco de força que ainda possuíam.
Mogo já não sabia o que fazer.
- Vocês devem estar me achando uma criatura aterradora - disse, em
voz alta. - Será que não entendem que podem confiar em mim? Desesperado
gritou: - Se eu tivesse, neste momento, uma chance de me transformar em
pássaro só por alguns minutos, vocês veriam que eu estou realmente
querendo salvá-los!
Neste momento, o sino da igreja tocou, anunciando a meia-noite. Um dos pássaros
transformou-se em anjo, e perguntou a Mogo:
- Agora você entende por que Deus precisava transformar-se em ser humano?
Com os olhos cheios de lágrimas, ajoelhando-se na neve, Mogo respondeu:
- Perdoai-me anjo. Agora eu entendo que só podemos confiar naqueles
que se parecem conosco e passam pelas mesmas coisas pelas quais nós
passamos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário